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Dilma prometeu um terço de ministério para mulheres; hoje elas são um oitavo do governo
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O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, chamou a atenção do mundo ao pronunciar apenas uma frase na entrevista coletiva da posse de seu ministério. No seu gabinete, 50% são homens e 50%, mulheres. Uma repórter questionou por que ele considerava a igualdade de gênero importante e ele respondeu simplesmente: “Porque é 2015”.

A frase serve para qualquer antologia. Lê-se em dois segundos e resume muita coisa. Inclusive o espírito inicial de seu governo – e a estranheza que pode causar em certas pessoas, em certos países, a pergunta sobre o porquê da relevância de algo como a igualdade entre homens e mulheres.

Aqui no Brasil, a presidente Dilma Rousseff, até por ser a primeira mulher a ocupar o cargo, deu-se ao trabalho, antes da primeira posse, de falar sobre o tema (ignorado por seus antecessores, independente de partido). Falou em ocupar um terço dos seus ministérios com mulheres. Foi cobrada para pôr metade. Não conseguiu cumprir nem o terço.

Isso talvez fosse compensado por haver mulheres em postos de grande visibilidade, como o Planejamento e, depois, a Casa Civil. Depois, isso foi também ficando para trás. E hoje, de 31 ministérios, apenas quatro são ocupados por mulheres. Pouco mais de um oitavo do total. E nenhuma delas está no núcleo central do governo.

Há Kátia Abreu, na Agricultura; Izabella Teixeira, no Meio Ambiente; Tereza Campello, no Desenvolvimento Social e Combate à Fome; e Nilma Lino Gomes, no ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. E é só.

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