A Urbs e o sindicato patronal do transporte coletivo não se acertaram sobre o valor da tarifa técnica. Como mostra reportagem de Diego Antonelli, a Urbs anunciou que vai pagar R$ 3,66 por passageiro transportado. Os donos dos ônibus dizem que seriam necessários R$ 4,09.
A disputa não é nova, e em breve pode voltar a afetar diretamente os passageiros. Em tempos recentes, o sindicato patronal tem sempre dito que o valor pago é insuficiente;. O discurso é de que as empresas operam no vermelho e que sequer conseguem pagar os salários em dia.
A Urbs, por sua vez, diz que a planilha é clara e que há condições de fazer todo o sistema operar sem prejuízo com o valor pago. A briga se arrasta há pelo menos três anos e já foi responsável por várias greves na cidade. Pode acontecer de novo.
O roteiro tem sido sempre o mesmo. As empresas não podem parar o sistema, porque são proibidas de fazer isso. Mas quando deixam de pagar em dia os salários forçam os motoristas e cobradores a parar, o que dá no mesmo.
Neste ano, em que o prefeito é candidato à reeleição, não é difícil imaginar que há implicações extra e que o prefeito, desafeto do sindicato por sua política tarifária, estará ainda mais exposto a atitudes como essa.
Gustavo Fruet (PDT) tem repetidas vezes insinuado que, no fundo, a estratégia é de locaute. Como nada ficou provado, pode ser que mais uma vez o roteiro se repita e que o passageiro, de novo, fique a pé.
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