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Do mensalão à Lava Jato, Teori sempre mostrou independência

Quando foi indicado por Dilma Rousseff em 2012 para o STF, Teori Zavascki logo foi posto sob suspeita. Ele assumiu no lugar de Cezar Peluso, visto como um ministro rigoroso que enquadraria os réus do mensalão. O processo estava em andamento e imaginava-se que Teori poderia ser colocado como um “infiltrado” petista para aliviar as condenações e as penas.

Ao longo dos cinco anos de STF, mostrou-se um juiz bastante independente. Só de 2015 para cá, por exemplo, determinou a prisão de Delcídio Amaral, líder do governo Dilma no Senado; negou um pedido do governo petista apara anular o processo de impeachment de Dilma; e suspendeu Eduardo Cunha da presidência da Câmara, o que mais tarde ajudaria a leva-lo à prisão.

Nem sempre concordou com Sergio Moro. Por exemplo, mandou estabelecer sigilo nas gravações das conversas que Lula teve por telefone com Dilma Rousseff – e que o juiz paranaense havia divulgado, causando um carnaval no país, mesmo sabendo que as gravações eram ilegais.

Na Lava Jato, Teori era responsável por dezenas de inquéritos contra parlamentares e gente de primeiro escalão. Entre eles, os paranaenses Gleisi Hoffmann e Nelson Meurer.

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