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Donald Trump disse nesta quarta-feira que nenhum político na História foi tão maltratado quanto ele. “Vejam como é que eu venho sendo tratado ultimamente, especialmente pela mídia”, disse o presidente norte-americano, atolado até o pescoço em denúncias de vários tipos. “Nenhum político na História, e digo isso com toda certeza, foi tratado tão mal ou de forma tão injusta”, afirmou Trump.

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Não deixa de ser curioso como o discurso de Trump é semelhante ao de Lula. Quando acuado, o presidente americano parte sempre para as mesmas desculpas: não é ele que está errado. Ele está sempre certo. O que faz parecer que ele está errado é uma campanha midiática colocada em curso para prejudicá-lo, para destruí-lo. Isso porque, segundo ele, é óbvio que os meios de comunicação favorecem seus adversários.

No Brasil, Lula diz que é a elite que domina os meios de comunicação e que, durante o processo da Lava Jato, indignada com a vitória nas urnas de um “inimigo” seu, de um operário, trabalha para derrubá-lo. Para deixar claro que não deixará alguém vindo de fora do establishment se meter onde não deve. Evidente que o discurso vai mudando conforme a ocasião, como sempre ocorre com políticos, e que os fatos que atrapalham a narrativa são ignorados.

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No caso de Trump, a história inventada pelo presidente é que os comunicadores são todos uns “liberais” (o que no vocabulário americano equivale a dizer “progressista”). Não foi à toa que ele se recusou a responder a uma pergunta da CNN, dizendo que o jornalista trabalhava para um órgão de “fake news”. A estratégia é altamente lulista: desacreditar o veículo para sempre parecer a vítima de uma conspiração. No caso, uma conspiração contra a direita conservadora, contra os eleitores mais simples do interior do país.

Agora, Trump está tendo de lidar com denúncias de conspiração com russos, de entregar segredos do país indevidamente, de demitir o diretor do FBI para impedir que investigassem sua campanha e pode acabar alvo de impeachment. Será conspiração?

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