Todo mundo vem recebendo, na cidade, uma ligação do governador Beto Richa (PSDB). No telefonema, de cerca de dois minutos, a gravação da voz de Richa diz que ele tem candidato à prefeitura: Luciano Ducci (PSB).
Richa diz que Ducci “tem experiência” pois está com ele na prefeitura desde 2005 e vai continuar um “projeto que está dando certo”. Não vale a pena arriscar com outro, diz o governador, antes de passar a palavra a Ducci.
O prefeito assume o microfone somente para repetir que é melhor não assumir risco e dizer que está junto com Beto e Rubens Bueno.
A ideia é nítida: transferir a imensa popularidade de Richa para seu pupilo. Em 20078, Richa foi reeleito para a prefeitura com 77% dos votos. Se transferir metade disso, já tem a eleição de Ducci quase assegurada. Ou, pelo menos, garante o segundo turno.
O principal problema de Ducci é ser pouco conhecido. Disputou, até hoje, só uma eleição para deputado. E foi duas vezes vice. Mas vice você sabe como é…
A estratégia de Richa e Ducci lembra muito a eleição da presidente Dilmma Rousseff. Assim como Dilma, Ducci é tido como um técnico competente (o Mãe Curitibana é exemplo disso). Mas, como Dilma, é um ilustre desconhecido.
No caso de Lula, que também é um campeão de popularidade, a estratégia de colar seu nome ao de Dilma funcionou. Será que Beto consegue o mesmo?
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