A decisão do prefeito Luciano Ducci (PSB) de retirar de tramitação o projeto que aumentava o valor de potencial construtivo destinado ao Atlético teve relação direta com o segundo turno da campanha.
O blog apurou com pessoas envolvidas na negociação que o prefeito estava se sentindo pressionado por vereadores. Um grupo da Câmara estaria usando a votação para garantir que o prefeito atendesse algumas reivindicações de campanha deles.
A votação já deveria ter ocorrido durante o primeiro turno. No entanto, ao contrário do que ocorre normalmente, a base do prefeito não obedeceu a ordem de aprovar o projeto.
Numa decisão pouco comum, depois de algum debate, os vereadores da situação deram ouvidos aos protestos da oposição e de Luiz Felipe Braga Cortes, ligado ao Coritiba, e adiaram a votação.
Deixaram para votar o projeto 13 sessões depois. Curiosamente, a data caiu dois dias depois da eleição dos vereadores. E faltando três semanas para que o prefeito disputa o segundo turno, se passar da primeira rodada.
Nessa fase, os vereadores já não precisam do prefeito. Mas o prefeito precisa do apoio deles. E para ter os aliados em campanha, precisaria ceder àquilo que eles pedissem, ou não aprovariam o projeto do Atlético.
Agora, os vereadores ficaram sem meio de negociar. E tudo pode ficar para bem depois da eleição, para desespero do Atlético.
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