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Luciano Ducci finalmente deixou o assunto da saúde um pouco de lado. No último programa de tevê, na sexta-feira, já havia falado de educação. Agora, no rádio, fez a mesma coisa.

Na tevê, Ducci aparecia em uma escola municipal sentado na cadeira de professor, pedindo licença para falar a aluninhos. E respondia ao que a gurizada lhe perguntava.

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É claro que os diálogos eram todos combinadinhos: as crianças falavam como num comercial de margarina (aliás, qual a diferença mesmo?) e perguntavam se Curitiba “era a primeira da classe”.

No rádio, a diferença é que as criancinhas foram substituídas pelos locutores. E o pouco de graciosidade que existia se perdeu.

Como sempre, quem está no poder tem que se explicar mais. E no caso da educação a pedra no sapato se chama creche pública. Todo mundo sabe que falta vaga.

o pessoal do marketing de Ducci achou lá no meio de todos os números possíveis um único dado positivo e tratou de usá-lo: o prefeito disse que Curitiba é “a capital com mais de um milhão de eleitores com mais crianças em creche em tempo integral de zero a três anos”.

Há só oito capitais com mais de um milhão de habitantes. E ter mais crianças que elas em creches já não ia dizer grande coisa. Ganhar especificamente no item “creche em tempo integral de zero a três anos” diz menos ainda.

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Mas, pelo jeito, foi o que se pôde arranjar…

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