É justo um deputado ganhar sem trabalhar?

O deputado Flávio Dino (PCdoB-BA) apresentou uma emenda à constituição para impedir que suplentes assumam vagas no Legislativo durante o recesso parlamentar. Hoje, isso acontece com frequência.

Neste ano, por exemplo, segundo a Câmara dos Deputados, 40 suplentes já assumiram o lugar dos deputados titulares depois da última sessão do Congresso. A maioria fica no lugar dos deputados que saíram para ser ministros ou secretários de Estado.

O problema é que esses deputados encerrarão seus mandatos antes da próxima sessão, dando lugar aos novos eleitos. Ou seja, receberão os vencimentos todos do período sem participar de uma mísera sessão, de uma comissão e, muitas vezes, sem nem apresentar algum projeto. São R$ 16 mil por mês, no Congresso, fora verbas adicionais e regalias (falta alguém pedir um passaporte diplomático…)

“O que identifiquei, logo no começo da legislatura que agora termina, é que isso gera uma anomalia, que é exatamente o fato de haver uma convocação, que seria necessária em momentos em que a Câmara está com os seus trabalhos ordinários em funcionamento, mas que é totalmente inútil em momentos de recesso parlamentar. Eu espero que a próxima legislatura possa aprovar a proposta e evitar esse noticiário negativo que, infelizmente, se repete a cada 4 anos”, diz Dino.

No Paraná, quatro deputados federais e um senador assumiram durante o recesso, além de três deputados estaduais.

A senadora suplente é Danimar Cristina Pereira da Silva.

Os deputados federais são Íris Simões, Luciano Pizzatto, Aírton Roveda e Flávio Antunes.

Os estaduais são André Pegorer, José Domingos Scarpelini e Alisson Anthony Wandscheer.

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