Fui ver o filme de Lula. E, claro, não consigo concordar com o que a Veja e as vejetes andaram dizendo por aí. Deram a entender que o filme era uma canonização de Lula feita com motivação política. É um pensamento meio tolo.
O filme faz, sim, um elogio ao personagem. Romantiza uma história que, de resto, é mesmo bonita (vai ser difícil algupém me convencer de que o caso de um retirante que chega a prsidente passando pela metalurgia não é um conto excepcional).
Mas, claramente, o que está em jogo não é a política. É dinheiro. O filme nitidamente está ali para fazer grana para seus donos, Luiz Carlos Barreto a frente. O próprio produtor falou isso.
Se romantiza os fatos, melhorando Lula aqui, escondendo problemas ali, foi simplesmente porque o filme quer ser popular, quer ganhar milhões vindos da classe C – que, supostamente, na cabeça de produtores simplistas, não gosta de histórias complexas.
Supuseram que o povão quer heróis 100% bonzinhos e vilões 100% malvados. É como funciona o cinema popular brasileiro, do tipo Dois filhos de Francisco.
Lógico que o empresariado puxa-saco foi atrás de Barretão e botou dinheiro lá, talvez para agradar o petismo governamental. Mas má-fé? Não vi. Apenas muita vontade de ganhar dinheiro com uma fábula popular.
Mas talvez o ingênuo seja eu.
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