O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro liberou nesta quinta-feira a venda de um livro absolutamente curioso. “Diário da Cadeia” vem assinado por Eduardo Cunha. E promete contar segredos incríveis da política brasileira, incluindo detalhes da morte de PC Farias.
Mas o livro não foi escrito pelo deputado (e presidiário) Eduardo Cunha. O nome é apenas o pseudônimo que o romancista Ricardo Lisias escolheu para assinar a obra. Ou seja: ao invés de criar um personagem para narrar a obra em primeira pessoa ele escolheu dar ao personagem o direito de assinar o próprio livro.
Claro que ia ter chiadeira. E o caso foi parar no Judiciário. O livro teve a venda suspensa porque poderia passar a impressão de que quem escreveu a obra foi o ex-deputado. Mas Lisias acaba de anunciar que o livro foi liberado. “A decisão do nome com que o artista assina sua obra é do artista”, comemorou ele.
Lisias é um romancista premiado e um dos editores da revista literária Peixe-Elétrico. No início, ele não tinha vindo a público assumir a autoria da obra. Mas agora assumiu a paternidade e a defesa do expediente que utilizou.
Mesmo agora, no entanto, diz que prefere não falar demais sobre o livro. “Amigos, mantenho minha decisão de não falar em nome de um pseudônimo e nem explicar minha obra”, escreveu no Facebook.
O livro, lançado pela editora Record, pode ser comprado por R$ 23 na versão para Kindle e por R$ 33 em papel no site da Amazon.
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