Um dos efeitos da “síndrome do camburão”, que afetou por um bom tempo o moral dos deputados estaduais, é que parece ter ficado para as calendas a promulgação da lei que criaria o fundo complementar de previdência da Assembleia.
A aposentadoria dos deputados foi votada na época em que Nelson Justus (DEM) era presidente da Assembleia. A ideia é que políticos com 20 anos de mandatos e que fizessem contribuições poderiam se aposentar pela Assembleia.
Na verdade, se tratava de um fundo complementar, mas que precisaria de um aporte milionário do Legislativo – pelo menos R$ 50 milhões. Dinheiro público que seria posto de uma só vez nos cofres para compensar a parte que o Estado nunca tinha depositado – já que o fundo não existia.
O então governador Requião se recusou a sancionar a lei. O novo presidente da Assembleia, Valdir Rossoni, se recusou a promulgar. Só faltava uma assinatura para o projeto sair do papel. E todos acreditavam que Ademar Traiano seria o homem para fazer isso.
Chegou-se a dizer que ninguém se elegeria presidente sem se comprometer a assinar o projeto. Mas agora, com a moral dos deputados lá embaixo, ninguém nem pensa em fazer mais alguma coisa tão impopular. “Esqueça. Nunca mais”, resumiu um deputado.
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