Como governante, Beto Richa está longe da unanimidade. Seria difícil encontrar alguém, a essa altura, disposto a considerá-lo o melhor dos últimos tempos. Pelo contrário: a rejeição a seu governo é alta, altíssima.
E, no entanto… Eleitoralmente, Beto e seu grupo seguem imbatíveis. Recapitulando: em 2004, Richa era um mero vice-prefeito que tinha perdido uma eleição para o governo. Num lance teatral, baixou a tarifa do ônibus e virou prefeito de Curitiba.
A primeira eleição foi apertadíssima. Quatro anos depois, tinha montado sua máquina invencível: derrotou o mesmo PT com 77% dos votos válidos. E virou referência eleitoral no estado.
Em 2010, engoliu uma coligação de gigantes, com Osmar Dias e Roberto Requião. Apertado, virou governador. Fez uma gestão desastrada, afundou a economia, não teve controle sobre a política. Em 2014, porém, para surpresa geral, ganhou com muito mais facilidade do que da primeira vez.
Em um único erro de cálculo, em 2012, confiando demais no taco, acho que podia eleger Ducci prefeito. Agora, porém, aprendida a lição, foi mais humilde. Apoiou um candidato viável.
Achava-se que o 29 de abril, o ajuste fiscal duríssimo e outros problemas inúmeráveis do governo tivessem matado seu grupo. Richa, porém, sobreviveu.
Escondido, sem se dar o luxo sequer de aparecer ao lado do candidato, mostrou que mesmo nas sombras consegue montar uma articulação vencedora. E provou que sua máquina continua difícil de bater em Curitiba e no estado.
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