A Urbs, empresa responsável pelo sistema de transporte coletivo de Curitiba, afirma que já repassou às empresas de ônibus da cidade dinheiro suficiente para que elas paguem a primeira parcela do décimo terceiro de seus funcionários. Segundo a Urbs, ao contrário do que alegam as empresas, elas já teriam recebido R$ 16 milhões dos R$ 20 milhões necessários para fazer o pagamento.
As empresas afirmaram nesta terça-feira que há risco de paralisação das atividades em função de uma dívida de R$ 9,6 milhões da prefeitura com as empresas. O Setransp, sindicato que representa os consórcios de transporte da capital, afirma que assim terá dioficuldades para cumprir com o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro, que deveria ser depositada nesta quinta-feira para os trabalhadores.
“A primeira parcela do décimo terceiro fica em aproximadamente R$ 10 milhões”, afirma o presidente da Urbs, Roberto Gregório. “O dinheiro é repassado aos poucos, ao longo do ano, e estimamos já ter repassado R$ 16 milhões para as empresas. As alegações não fazem sentido”, afirmou em entrevista para o blog,
Gregório admite a dívida e diz que ela tem relação com os atrasos dos repasses dos subsídios do governo do estado. Segundo ele, a Urbs está tentando equacionar a situação. “Mas a dívida não representa o que as empresas estão falando. Esse valor equivale a 12% do que elas recebem mensalmente, e não 42%, como elas afirmam”, diz.
Para Gregório, as empresas também deveriam ter acionado na Justiça não só a Urbs, mas o governo do estado, já que é a falta dos repasses do subsídio que estaria criando a dívida. O presidente da empresa afirmou ainda que acha curioso que a ação das empresas venha um dia depois de o governo do estado ter divulgado uma pesquisa de origem-destino que supostamente servirá de base para uma redcução dos subsídios. “Não posso dizer que as coisas estão casadas, mas acontecerem muito perto uma da outra”, afirmou.
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