Com colaboração de Naiady Piva:
As empresas de ônibus de Curitiba afirmaram no fim da tarde desta sexta-feira que fizeram o pagamento do vale de todos os motoristas e cobradores da cidade e da região metropolitana. O pagamento deveria ter sido na quarta, mas um acordo na Justiça do Trabalho deu dois dias a mais para que o valor fosse depositado.
O sindicato dos trabalhadores afirma que até o fim da tarde funcionários de cinco empresas continuavam não vendo os depósitos completos em suas contas, mas as empresas dizem que isso se deve apenas ao trâmite do pagamento e que os arquivos necessários já foram enviados aos bancos. Nos bastidores, cogita-se que atraso no pagamento poderia causar uma greve nos próximos dias.
Segundo o Sindimoc, até as 17h30 teriam recebido apenas parcialmente o vale os funcionários das empresas Araucária Matriz, Araucária Filial, Marechal Matriz, Marechal Filial e São José Filial. Isso representa aproximadamente 3.150 trabalhadores do sistema de transporte coletivo.
O não pagamento de vales e salários nas datas obrigatórias tem levado a seguidas greves no transporte coletivo de Curitiba. Na semana passada oito empresas tiveram paralisações. O problema foi contornado com um adiantamento de R$ 3,5 milhões por parte da Urbs para as empresas.
O sindicato dos trabalhadores se comprometeu a não fazer novas greves antes do quinto dia útil de fevereiro, quando deve ser pago o novo salário da categoria. A prefeitura de Curitiba, enquanto isso, corre para tentar apressar a database dos trabalhadores e, assim, poder estabelecer a nova tarifa técnica do transporte. Com isso, deve definir o novo valor a ser cobrado dos passageiros e tentar equalizar o sistema, evitando novas greves.
As apostas são de que a passagem deve subir para algo em torno de R$ 3,70 ou R$ 3,80 até o mês de fevereiro. Os empresários pediram R$ 4, mas a prefeitura afirma não aceitar o valor sugerido, que não seria necessário para cobrir todos os custos.
Siga o blog no Twitter.
Curta a página do Caixa Zero no Facebook.