A senadora Gleisi Hoffmann estão tão empenhada na defesa de Lula que pediu para mudar seu nome no Senado para Gleisi Lula Hoffmann. Presidente do partido, ela foi escolhida como porta-voz pelo próprio presidente enquanto ele estiver na cadeia. Em entrevista exclusiva ao blog, ela falou sobre isso e mais.
A essa altura fica difícil acreditar que vocês, do PT, não discutam de fato um plano B para a candidatura do Lula.
Mas não temos plano B mesmo. O candidato é o Lula. A prisão dele é política, ilegal, antijurídica. Se o partido discutisse outros nomes, daria até a impressão de que estamos concordando com isso em alguma medida, que estamos jogando o Lula aos leões. Além disso, a candidatura do Lula nem é mais do PT, é de uma parcela significativa da sociedade, de milhões de brasileiros.
Durante esses dias chegou-se a falar em colocar Fernando Haddad de vice desde já, para futuramente, se for o caso, assumir a candidatura. Isso é cogitado?
Não, nunca foi. Existem boatos que surgem fora do partido, mas o movimento é sempre esse, de fora para dentro. No PT ninguém discutiu nem está discutindo isso.
A Folha de S.Paulo diz que Lula escolheu a sra. como sua porta-voz. Isso é oficial?
Sim, antes de sair do sindicato, em São Bernardo, ele me escolheu para falar nome dele. Politicamente, claro, não juridicamente.
E falando em advocacia, cogitou-se que a sra. pediria para integrar a defesa de Lula, para poder ter acesso mais fácil a ele. Como está isso?
De fato, sendo formada em direito, eu posso pedir para constar como defensora do presidente. Mas não é nossa primeira opção. Estamos tentando liberar as visitas por eu ser presidente do partido e ele ser nosso candidato. Mas podemos pensar nisso mais adiante.
A sra. tem sido criticada por se ausentar do Parlamento para vir a Curitiba. Como responde a isso?
É ridículo. Minha representação é política. Tanto na caravana do presidente, que passou pelo meu estado, quanto agora na prisão do Lula, estou cumprindo com missões políticas.