Época e os nossos impostos

Há tempos considero Época a nossa melhor revista semanal. Não é adepta do petismo xiita de Carta Capital. Nem é adepta do antilulismo radical de Veja. Nem tem as matérias, digamos, esquisitas, da Istoé.

Neste fim de semana, novamente, a revista ganha o troféu joinha. Desta vez, por uma boa reportagem sobre os impostos no Brasil.

Aí é que está: se fosse a Veja, partiria para uma tese ultraliberal. Se fosse a Carta Capital, partiria para a tese oposta. Época não caiu em radicalismos e mostrou com números, tabelas e boas comparações sobre a situação brasileira.

Sim, a primeira constatação é de que a carga tributária brasileira é alta, como sempre se soube. A revista mostra comparações em 12 produtos e chega à conclusão que nossa tributação os torna mais caros do que na maior parte dos países, mesmo entre os “emergentes”.

Mostra também a inversão burra que se faz por aqui, com os pobres pagando proporcionalmente mais do que os ricos em impostos. E mostra o outro real problema do nosso sistema: não é o imposto que é alto demais, são os serviços prestados àm população que não valem o preço pago por nós.

Tudo perfeito e equilibrado. Claro que ninguém precisa concordar com todas as opiniões que estão na matéria. Mas mostrar os dados todos, de maneira organizada e clara, realmente ajuda no debate.

Recomendo a leitura. Quem quiser, pode acessar o trecho inicial clicando aqui.