Pagamentos suspeitos ao responsável pelo marketing de campanha. Investigação no Congresso. Presidente ameaçado de impeachment. A notícia é de fevereiro de 2016, mas é quase idêntica à de 2005: mudam apenas os nomes.
As denúncias de agora, feitas pela força-tarefa da Lava Jato, envolvem o marqueteiro João Santana, que foi o responsável pela campanha de Dilma Rousseff para a presidência. As de 11 anos atrás envolviam Duda Mendonça, responsável pela campanha de Lula.
A principal diferença é que Duda Mendonça admitiu a irregularidade ele mesmo. Em declaração à CPI dos Correios (que investigou o escândalo do Mensalão), Duda Mendonça contou que recebeu o dinheiro por fora, em paraíso fiscal.
Naquele momento, a investigação do mensalão chegou ao ápice. Era a primeira vez em que um beneficiário direto do esquema admitia em público a existência de pagamentos ilícitos feito às escondidas do governo e ligadas à eleição de Lula.
Os petistas históricos chegaram a chorar no plenário do Congresso – até ali, achavam que a denúncia era pura armação. Naquele momento, o senador paranaense Alvaro Dias chegou a cogitar em plenário o impeachment de Lula – ideia que a oposição acabou descartando.
No caso de João Santana, a descoberta da suposta irregularidade foi feita por uma investigação de Ministério Público e da Polícia Federal.
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