Não deixa de ser curioso. Normalmente, o repúdio à violência policial e à ideia de que “bandido bom é bandido morto” é associado a um posicionamento de esquerda, progressista. Mas uma pesquisa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania, do Rio de Janeiro, revelou uma informação relevante para o debate.
De todos os grupos pesquisados, o que mais discordou da frase-chavão foi o dos religiosos. “Religiosos praticantes, na maioria evangélicos, que frequentam cultos diariamente, são os que mais rejeitam a frase”, diz o relatório da pesquisa Olho por Olho, feita por integrantes da Cândido Mendes no Rio da Janeiro.
Os evangélicos são vistos como uma força conservadora. Mas nisso se equiparam aos “progressistas”, muito mais do que outros grupos. No geral, a pesquisa diz que 60% dos cariocas discordam da ideia de matar bandidos.
O crime em que os entrevistados mais se mostraram dispostos a aceitar a violência policial e até o assassinato do criminoso foi o estupro. Neste caso, 36% disseram que o policial, tendo escolha entre matar e prender, deveria matar o estuprador. Em seguida vieram os homicidas (29%) e integrantes de grupo de extermínio (20%).
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