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O professor Marcos Sunye, que concorreu ao cargo de reitor da UFPR nas eleições de setembro, publicou nesta quinta um comentário positivo sobre as ocupações dos prédios da universidade. Segundo ele, embora as ocupações possam não ser o melhor modo de protesto, chamam a atenção para problemas da educação que, de outro modo, não seriam vistos.

Sunye conta que acompanhou a ocupação do terceiro prédio do Politécnico na noite desta quarta-feira. E parece ter se impressionado com a organização e a disciplina dos alunos. “Encontram um professor que ainda não terminou de aplicar a prova, fazem 10 minutos de silencio, atrapalhar prova dos outros aqui é sacrilégio!!! A prova termina a ocupação prossegue.

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Seguindo Sunye, a UFPR passa por vários problemas “ocultos”. “Ocupar é a melhor maneira de proteger o ensino público de qualidade? Não sei afirmar, mas além destes estudantes quem vai mostrar para a sociedade que a UFPR está indignada com uma uma Emenda Constitucional que nos congela por 20 anos? Os técnicos estão em greve, o HC fecha leitos, não cumpre as metas, perde muitos recursos isso tudo acontece agora, quem sabe disso? O CNPq não libera recursos de projetos aprovados a Capes não publica novos editais, quem sabe disso? Quem se importa ?”

O reitor eleito da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca, tem evitado comentar as ocupações por enquanto. A posse dele deve ocorrer depois da nomeação formal pelo MEC. A previsão é de que ele assuma o cargo em 19 de dezembro, aniversário da universidade.

Leia a nota de Sunye, publicada no Facebook, na íntegra:

“Acompanhei, agora a pouco, a ocupação do terceiro prédio do Centro Politécnico. Algumas dezenas de alunos colocando papel kraft, verificando as janelas quebradas, organizando as salas. Encontram um professor que ainda não terminou de aplicar a prova, fazem 10 minutos de silencio, atrapalhar prova dos outros aqui é sacrilégio!!! A prova termina a ocupação prossegue.

“Fico pensando que se um dia, ao invés de usar a polícia alguém colocar todo mundo fazendo prova no dia, esse movimento vai ter dificuldades nas ocupações. Os estudantes não estão nem ai para autoridades, acordos publicados na gazeta ou pressão de reitorias, mas incomodar a prova do colega dai é baixaria…

“É uma ocupação sem o protagonismo do D Pedro I e longe do descontrole da Santos Andrade, mas uma manifestação inédita no Centro Politécnico. Ocupar é a melhor maneira de proteger o ensino público de qualidade? Não sei afirmar, mas além destes estudantes quem vai mostrar para a sociedade que a UFPR está indignada com uma uma Emenda Constitucional que nos congela por 20 anos? Os técnicos estão em greve, o HC fecha leitos, não cumpre as metas, perde muitos recursos isso tudo acontece agora, quem sabe disso? O CNPq não libera recursos de projetos aprovados a Capes não publica novos editais, quem sabe disso? Quem se importa ?”

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