Transexuais e travestis enfrentam uma dura realidade no Brasil. Segundo uma pesquisa do IBGE de 2016, a expectativa de vida dos transexuais é de apenas 35 anos. Isso representa menos da metade da vida do resto da população, que segundo a mesma pesquisa é de 75,5 anos. A vida dessas pessoas – mais vulneráveis – é breve como a vivida pelos brasileiros nas décadas de 1920 a 1930.
Os crimes de ódio contra transexuais são marcados pela brutalidade. A situação é agravada quando se leva em conta que muitos casos não são notificados. O Brasil é o país mais violento para os transgêneros: 1.731 homicídios ocorreram entre janeiro de 2008 e dezembro de 2014. Em 2016, foram 124 transexuais ou travestis assassinados no país, de acordo com a pesquisa realizada pela Ong Trangender Europe.
O caso de Dandara dos Santos é um exemplo do tamanho do problema que essa minoria enfrenta. Ela foi torturada e assassinada, no dia 15 de fevereiro de 2017, no Ceará por um grupo de homens. Na rua, em plena luz do dia. Eles gravaram as agressões e divulgaram as imagens em redes sociais. A crueldade das cenas expõe a falta de segurança que essas pessoas enfrentam. Dandara não foi a única, até maio deste ano outras 53 transexuais foram assassinadas.
Avanços
A cirurgia para redesignação de sexo pode ser feita pelo SUS desde que a portaria nº 457, de 2008 entrou em vigor. Porém a fila de espera é longa. Até o ano passado foram realizados 349 procedimentos hospitalares e 13.863 procedimentos ambulatoriais, segundo o Ministério da Saúde. Nesse ano o decreto de 2011 que dava direito ao uso do nome social foi transformado em lei.
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