O Facebook admitiu na semana passada por meio de um documento público que a rede social tem sido usada por políticos para manipular a população, principalmente às vésperas de eleições. Segundo o relatório da empresa, que pode ser acessado aqui, dois casos em que isso ficou evidente foram as eleições nos Estados Unidos e na França.
E segundo o próprio Facebook, isso vai muito além das “fake news”, que Donald Trump tornou famosas. O que está em jogo aqui, de acordo com a empresa, é algo muito maior, batizado de “Operações de informação”, que é o que acontece quando uma organização (por exemplo, um governo) age de maneira consistente, com várias ferramentas disponíveis, para influenciar a percepção da população.
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Para o Facebook, as notícias falsas, ou fake news, são aquelas que um veículo de informação coloca no ar e que, intencionalmente ou não, pode distorcer a realidade. Mas há outros caminhos “mais sutis” para mudar o modo como as pessoas veem o mundo: como veem uma candidatura ou uma eleição, por exemplo. E é contra isso que a rede social diz estar trabalhando agora.
Entre os mecanismos usados nas eleições estariam a criação de contas em massa para amplificar informações de interesse de um grupo político. Só na eleição francesa, mais de 30 mil contas teriam sido apagadas por serem uma espécie de robô a serviço de algum grupo: contas que postam muito mas que têm como único interesse manipular a esfera pública.
Outras ferramentas utilizadas seriam a criação de memes com informações distorcidas, o roubo de dados e a criação de personagens falsos, além da inclusão de citações erradas para pessoas inocentes que nunca disseram aquilo.
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