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Voltou a ser discutida na semana passada a implantação de faixas exclusivas para ônibus em Curitiba. O projeto que tramita na Câmara, do vereador Valdemir Soares (PRB) diz que haverá faixas prioritárias na zona central quando a rua tiver três pistas. E uma pista exclusiva quando houver quatro ou mais.

A Urbs parece simpática à proposta. E tudo indica que esse pode ser um caminho fácil e barato para melhorar o transporte coletivo da cidade. Só o que seria preciso é sinalização: e algum trabalho para educar os motoristas.

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Quem depende de ônibus sabe: os que vão pela canaleta são rápidos. Vai-se do Portão ao Centro em 20 minutos. Do Boqueirão à Carlos Gomes, com o Ligeirão, é uma beleza. Mas quando o ônibus pega trânsito…

É justo que o ônibus tenha prioridade. São 20, 40, 70 pessoas por veículo, ou mais às vezes. E o carro transporta o que? Um, dois, no máximo cinco. Além do mais, incentivar carro é incentivar o congestionamento.

Cidade de primeiro mundo não é aquela em que todos andam de caro. Mas a que tem opções para você sair de casa e chegar rapidamente aos lugares com transporte coletivo. É assim em Nova York, Tóquio e boa parte da Europa.

As faixas vão tirar espaços do carro? Ótimo. Você vai pegar mais congestionamento? Pode ser. Esse deveria ser exatamente o incentivo para que mais gente passe a usar ônibus.

Agora, convenhamos: não adianta muito atrair mais gente para o ônibus se o sistema não tiver como acomodar toda essa gente. Para ir empurrado, amassado e sob risco, o pessoal desiste logo e volta para o carro.

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Com congestionamento e tudo.

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