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Faltando quatro semanas para que todos os partidos definam suas candidaturas para a eleição de outubro, ainda há muita incerteza sobre quantos serão os candidatos. Muitos partidos hoje têm pré-candidaturas lançadas, mas a expectativa é que até 5 de agosto, quando termina o prazo para convenções, sejam realizadas mais alianças e este panorama mude.

Algumas candidaturas são dadas como certas. Caso do atual prefeito, Gustavo Fruet (PDT), que busca a reeleição, de Tadeu Veneri (PT), e de Rafael Greca (PMN). Nesses casos, o que se discute é se os partidos conseguirão alianças e o nome do candidato a vice. Para explicar como está a situação da política na cidade, o blog falou com partidos e dá um resumo da situação de algumas das principais legendas.

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PDT – Gustavo Fruet e mais quem?

O prefeito Fruet, eleito no segundo turno em 2012, é candidato à reeleição. Quanto a isso, não há dúvidas. O que não se sabe é com quem fará alianças. Na vitória passada, teve a seu lado apenas o pequeno PV e o PT – que forneceu tempo de tevê e dinheiro. Agora, o petismo foi descartado pelos problemas da Lava Jato.

Por outro lado, estando no poder, Fruet tem mais condições de atrair aliados. Alguns partidos, além do PV, estão na mira, como o PTB, o PRB, o PR e o PPS. Um articulador de Fruet diz que o único apoio que não seria aceito seria o de Fernando Francischini, do Solidariedade. Outra dúvida: Fruet poderia ter aval tácito de Beto Richa (PSDB)? Dos dois lados isso não é descartado.

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PT – Tadeu Veneri e a solidão

O PT já chegou duas vezes ao segundo turno nas eleições de Curitiba, em 2000 e 2004, sempre com Angelo Vanhoni. Em 2008, também acabou em segundo, com Gleisi Hoffmann. E em 2012, apoiou Fruet, chegando à vice na prefeitura. Agora, depois da Lava Jato, o partido quer se reconstruir lançando um dos poucos quadros com capital político e não envolvido em denúncias.

Mas Veneri sabe que não haverá muita gente disposta a caminhar com o PT agora. O candidato diz que não espera nenhuma aliança.

PSDB – A grande dúvida

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O partido de Beto Richa fez o prefeito em 2004 e 2008 e apostou todas as suas fichas em Luciano Ducci (PSB) na eleição passada. Após o fracasso, a imensa coligação de Richa se estilhaçou. E o governador, depois do 29 de abril, passou a ser uma presença menos bem quista nos palanques.

Mesmo assim, assessores dizem que Richa foi procurado por Fruet, Greca, Francischini e Leprevost, entre outros, para dar apoio velado me outubro. O partido cogita lançar o ultraliberal Paulo Martins ou colocar Eduardo Pimentel de vice em alguma chapa. O nome de Mauro Moraes também está posto.

PMN – O porto de Greca

Depois de ser prefeito pelo grupo de Jaime Lerner e de se lançar candidato em 2012 pelo grupo de Roberto Requião, Rafael Greca migrou para o minúsculo PMN, talvez pensando em ser dono de si mesmo dessa vez. Conseguiu apoios importantes, como o de Luciano Ducci, que leva consigo o PSB. Pode ainda ter a seu lado o DEM e o PSC, entre outros.

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PSD – Leprevost vai mesmo?

Ney Leprevost há muito tempo quer ser candidato. O PSD, seu partido, ganhou muito mais força com a entrada inusitada de Ratinho Jr. Mas com isso, o pré-candidato também se viu como possível alvo de fogo amigo. Há quem diga que Ratinho poderia apoiar Leprevost só de fachada e, no fundo, ficar com Rafael Greca. Além do PSD, Ratinho tem sob seu comando o PSC, de onde acaba de sair.

PMDB – Um novo Requião

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O PMDB não emplaca um prefeito desde 1985, quando Roberto Requião se elegeu. Agora, o filho do senador, Requião Filho, é a nova aposta. O partido minguou com a saída de aliados de Beto Richa, mas Requião Filho, que ganhou destaque apoiando a greve de professores no ano passado, diz que isso deixou o partido “mais autêntico”. A ver.

PP – O feudo de Ricardo Barros

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, e a vice-governadora Cida Borghetti. Eis dois apoios que a jovem Maria Victória, deputada estadual e filha do casal, vai ter em sua primeira campanha pelo Executivo. A costura de alianças é especialidade do pai, que já conseguiu, por exemplo, o apoio do Partido da Mulher Brasileira para a filha.

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PSol – Uma feminista na disputa

O PSol nunca emplaca candidaturas fortes em Curitiba, mas tem tradição de incomodar com políticos que se saem bem em debates e incomodam com discurso ideológico forte. Neste ano, Xênia Mello, uma candidata negra e feminista, é quem vai para a disputa.

SD – Francischini diz que sai

Deputado federal de segundo mandato, o delegado Fernando Francischini tem apostado em um discurso radicalizado de direita e de antipetismo. Pode ser um candidato de nicho, mas sua associação com o 29 de abril e com as imagens de violência contra professores são um peso tremendo que podem levar o partido a apoiar outro nome.

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DEM e PSB – Juntos com Greca?

O ex-prefeito Luciano Ducci já anunciou apoio formal a Rafael Greca. O DEM esteve perto de fazer isso, e inclusive convidou o candidato para migrar para a sigla, o que acabou não acontecendo. Reinhold stephanes Jr., do PSB, também se põe como pré-candidato.

Os indecisos

O PV diz ter recebido convites para ir com Fruet, Requião Filho e Ney Leprevost. O PRB afirma que deve apoiar alguém, mas não sabe quem. O PR, que chegou a cogitar lançar Christiane Yared, agora diz que deve apoiar outro nome, mas não anunciou quem. O PPS cogita lançar Rubens Bueno, mas parece provável que acabe apoiando outro candidato.

Outros nomes

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Vários partidos pequenos apostam em candidatos próprios. O PRP deve lançar Afonso Rangel, dono da Universidade Tuiuti. O Pros tem como pré-candidato o professor Ademar Batista Pereira, da Escola Atuação. A Rede deve lançar Eduardo Reiner. O PRTB deve lançar o ex-deputado federal Luciano Pizzatto.

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