Marco Feliciano é o homem mais odiado do país, certo? Certo. E absolutamente errado ao mesmo tempo. Enquanto uma parte da população odeia o pastor, outra acha que ele é um herói de suas causas. Como vai disputar eleições proporcionais, em que o que interessa é ter eleitores fiéis de um segmento, Feliciano tem tudo para se dar muitíssimo bem no próximo ano.
O colunista Lauro Jardim, da Veja on-line, diz que inclusive o pastor vem recebendo convites de vários partidos para deixar o PSB. Entre eles estariam PR, PSD, DEM e, por incrível que pareça, até mesmo o PSDB – isso mesmo, o partido que já teve Mário Covas e o então sociólogo Fernando Henrique Cardoso agora estaria atrás de um pastor fundamentalista para ser seu puxador de votos.
Feliciano certamente vai estourar de votos. Todos os homófobos paulistas terão o pastor como opção preferencial. E a reação ao selinho dado por Emerson, do Corínthians, dia desses, mostra que o terreno para a homofobia continua fértil por aquelas bandas. A expectativa é de que Feliciano tenha mais de um milhão de votos, se juntando ao grupo de campeões que em eleições recentes contou com Enéas, Clodovil e Tiririca.
O partido que o tiver como candidato deve fazer uma pequena bancada só no arrasto do pastor. Será a trupe do Feliciano. Podem ter os mesmos princípios que ele, ou não. Mas se beneficiarão do estranho sistema eleitoral brasileiro. E a cada vez que um grupo de manifestantes cantar Robocop Gay para o pastor estará inflando a conta de Feliciano em alguns milhares de votos a mais – ou você acha que o eleitor dele não vai considerá-lo um mártir da causa?
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