Mauro Ricardo. Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo.| Foto:
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O clima no governo do estado não é bom. Não bastassem todos os revezes recentes – que culminaram com a imprensa de todo o país questionando a violência policial no dia 29 de abril – agora há sérias divergências sobre a forma como o Executivo está tratando os professores grevistas.

O anúncio nesta quinta-feira de que o governo encerrou as negociações e de que oferece 5% em duas parcelas esteve longe da unanimidade entre os aliados de Beto Richa (PSDB). Alguns acham que seria preciso negociar a mais – e oferecer mais. Outros acham que era hora de segurar as conta ainda mais – e não dar nada.

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O secretário da Fazenda, Mauro Ricardo, seria o líder do grupo dos que querem jogar ainda mais duro com o funcionalismo. Na opinião dele, o certo seria oferecer reajuste 0%. Nesta semana, irritado com colegas de governo que insistiam em fazer uma oferta pelo menos parecida com a inflação, Mauro Ricardo chegou a dizer que se demitiria. Houve discussão e portas foram batidas.

Os secretários e deputados acham que ele tem planos de quitar todas as dívidas do estado o quanto antes – mas não teria a compreensão de quanto as negativas de reajuste e o “ajuste fiscal” estariam demolindo a popularidade de todos os demais integrantes do governo. Não sendo político, não estaria muito preocupado com isso.

A pendenga entre as duas alas acabou tendo de ser decidida pelo governador Beto Richa. E a decisão dele se baseou num raciocínio político. Tucano, ele teria optado por dar o mesmo reajuste que o governo federal concedeu a seus servidores no ano passado. Ou seja, 5%. Índice que se imagina que vai ser repetido neste ano, já que é essa a previsão de inflação no orçamento que tramita no Congresso.

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