O deputado federal Fernando Francischini (SD) não se deu por vencido diante da carta aberta altamente crítica dos professores do curso de Direito da UFPR. No documento público, o coordenador do curso, professor Ricardo Marcelo Fonseca, nega que a universidade tenha aberto uma turma exclusiva para membros do MST e afirma, ironicamente, que todos os paranaenses sabem do “interesse do deputado pela educação”.
A resposta da UFPR veio depois que Francischini entrou com um pedido na Reitoria para saber sobre a tal turma que estaria dando 60 vagas para o MST. Quer discutir, segundo ele, a “doutrinação” ideológica nas universidades.
Os professores afirmam que se trata de uma turma para assentados da reforma agrária em geral, ligada a um programa iniciado no governo Fernando Henrique, e que nada tem de doutrinação ideológica.
Francischini partiu para um contra-ataque nas redes sociais. Acusa o professor Ricardo Marcelo de ser “petista infiltrado” na universidade e diz que a resposta é uma prova de que a UFPR estaria beneficiando injustamente integrantes do MST.
“Por que não fazer para os filhos de pequenos agricultores de verdade? Se não tem doutrinação ideológica no curso porque a resposta é totalmente política de nível Petista para baixo?”, perguntou via Facebook.
Por outro lado, vários professores da UFPR demonstraram solidariedade e criticaram a postura do deputado. Os defensores do curso dizem que as insinuações de Francischini nem fazem sentido, pois não pode haver “petistas infiltrados” na universidade, já que os professores são todos selecionados por concurso.
O curso do Pronera existe em várias áreas do conhecimento e em várias universidades. E fazem parte de um programa para dar educação a pessoas que foram assentadas pela reforma agrária. Todos os alunos são selecionados via Enem.
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