O ex-prefeito Gustavo Fruet respondeu ainda na manhã desta segunda-feira ao anúncio feito por Rafael Greca de que sua gestão teria conseguido R$ 77 milhões para a área da saúde. Segundo Fruet, o cálculo inclui repasses regulares e apenas R$ 62 mil seriam novidade.
De acordo com Fruet, que publicou uma nota oficial via Facebook, os R$ 18 milhões que foram destinados agora a hospitais, por exemplo, seriam resíduo de um convênio – as seis parcelas finais, que deveriam ter chegado ainda na sua gestão, foram atrasadas pelo governo e agora são anunciadas como “novas”.
Veja a íntegra da nota de Fruet:
“Tentarei ser o mais didático possível para que não restem dúvidas sobre a coletiva, na manhã desta segunda-feira, do governador, ministro da saúde e o prefeito para anunciar “novos” R$ 77 milhões em recursos para saúde de Curitiba.
Dos R$ 77 milhões anunciados, apenas R$ 62 mil representam alguma novidade.
O que dizem: Anunciaram o repasse de R$ 18 milhões para hospitais.
A verdade: “Esqueceram” de informar que esse recurso é residual de um convênio firmado em 2016, que previa o repasse de 12 parcelas de R$ 3 milhões.
Consulta ao site do Fundo Estadual de Saúde revela uma curiosidade.
Dos 35 municípios com mais de 20 mil habitantes que aderiram ao programa, só Curitiba não recebeu as 12 parcelas em 2016. Recebemos apenas 6. Restando 6, que totalizam os R$ 18 milhões, que hoje foram anunciados como novidade.
O que dizem: Alegando que pegaram os cofres vazios, anunciaram “R$ 26 milhões para recomposição das fontes do SUS que haviam sido tredestinadas pela gestão anterior”.
A verdade: Deixamos em caixa nas contas do Fundo Municipal de Saúde R$ 43.125.392,69. Deste montante saíram os R$ 26 milhões anunciados como novos recursos orçamentários.
O que dizem: Também anunciaram como novidade “R$ 42 milhões recebidos do Ministério da Saúde e que serão repassados aos hospitais”.
A verdade: Esse é o repasse mensal usual do Ministério, contratualizado para os hospitais que atendem o SUS. Graças ao descontrole do governo federal, em 2015 e 2016, pela primeira vez na história, o Município de Curitiba colocou mais recursos no SUS do que a União.
O que dizem: Liberação de “R$ 12.000,00 para buscar em São Paulo as 6 novas ambulâncias que servirão o SUS curitibano”.
A verdade: Essa é a única novidade. Ao longo das nossa gestão, reiteradamente pedimos ao MS a substituição de 13 ambulâncias do SAMU de Curitiba. Pelo menos 6 virão agora. Mesmo com toda dificuldade, colocamos novas ambulâncias em circulação. Inclusive, a primeira ambulância Avançada Neonatal.
O que dizem: “R$ 2.031.000,00 suplementados e liberados para empenho referentes à remédios com recursos da Oficina de Música”.
A verdade: Faltavam cerca de R$ 800 mil para realização da Oficina de Música e não R$ 2 milhões. Já havíamos garantido R$ 120 mil para compra de passagens e outros R$ 420 mil foram repassados ao ICAC no ano passado.
Não se justifica a alegação de cancelar a Oficina para garantir recursos para a saúde.
Os R$ 800 mil – que deveriam ser aportados pela atual gestão para realização do tradicional evento cultural – são suficientes para garantir 5 horas de funcionamento da rede municipal de saúde de Curitiba.
O que dizem: Também anunciaram R$ 7 milhões para pagamento da folha da Feaes.
A verdade: Esse valor é praxe, liberado todos os meses pela Prefeitura.
Conclusão: Dos R$ 77 milhões anunciados, sobram como novos recursos R$ 50.000,00 para aquisição de medicamentos e insumos emergenciais de vigilância epidemiológica e R$ 12 mil para buscar ambulâncias.”
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