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O prefeito Gustavo Fruet (PDT) voltou a insinuar nesta terça que há pressão por parte das empresas (e não só dos trabalhadores) nas greves de ônibus que vêm ocorrendo na cidade. Desde que assumiu a prefeitura, Fruet já enfrentou pelo menos cinco greves totais ou parciais. Numa delas, chegou a falar de suspeita de locaute (greve promovida pelos patrões), o que é proibido por lei.

Nesta terça, Fruet falou via Facebook que o que ocorre em Curitiba é um “jogo de pressão”. E, em seu texto, falou quase que exclusivamente da situação e das decisões das empresas, deixando de lado o sindicato dos motoristas e cobradores, que foi quem de fato deflagrou a paralisação.

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A tese do locaute é antiga. Sempre que há greve de ônibus, cogita-se que pode haver interesse dos donos das empresas, já que para eles o aumento da tarifa pode trazer mais lucros (ou, segundo eles, amenizar os prejuízos). No entanto, a conexão entre sindicato patronal e sindicato de trabalhadores nunca foi comprovada e é negada pelas duas partes.

As empresas de ônibus rebateram a nota do prefeito afirmando que quem não cumpre o mínimo legal são os trabalhadores.

“O Setransp refuta quaisquer insinuações de estar fazendo ‘jogo de pressão’ para aumentar a tarifa técnica. Há anos o sindicato vem alertando e entrando com medidas judiciais pedindo o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos, pois o sistema, desse jeito, não se sustenta. O Setransp está tratando essa questão de forma técnica, enquanto o assunto, infelizmente, está sendo tratado de forma política.”

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