O prefeito Gustavo Fruet (PDT) em entrevista nesta terça-feira à RIC, começou o período de campanha descendo a borduna no governador Beto Richa (PSDB). Na conversa com Denian Couto, às oito da manhã, disse que o governo do estado é culpado pela questão dos moradores de rua, do ônibus e da segurança pública.
A primeira menção ao governo veio na questão dos moradores de rua. O prefeito, questionado sobre o aumento da população que vive nessas condições, não teve dúvidas. Disse que muitas dessas pessoas não são de Curitiba e que vêm à capital por simples inoperância do governo do estado, que não teria políticas públicas para essa população no interior.
Fruet também repetiu o discurso de sua esposa, Marcia Fruet, presidente da FAS, dizendo que a antiga gestão deixou um serviço de atendimento e abrigo à população de rua totalmente inadequado e que a administração dele criou abrigos específicos para mulheres e idosos, por exemplo.
Fruet também citou Richa e Ratinho Jr. (PSC), secretário de Desenvolvimento Urbano, nominalmente, criticando-os e culpando os dois pelos problemas do ônibus na cidade – especialmente por terem rompido com o subsídio da tarifa dado durante o final da gestão de Luciano Ducci (PSB).
No entanto, o próprio Fruet dizia antes da desintegração do sistema financeiro que, caso a Comec lidasse com a região metropolitana, o governo do estado não precisaria repassar mais um único centavo à capital como subsídio. Foi exatamente o que aconteceu.
A terceira crítica veio na pergunta sobre a Guarda Municipal. O prefeito disse que os guardas estão fazendo “mais do que deviam” e novamente disse que isso se deve a “incompetência ou má gestão” do estado, que precisaria dar conta do recado com a Polícia Militar.
Como não houve questões sobre política partidária, Fruet não precisou explicar por que, com todas essas críticas ao governo do estado, chegou a se reunir com Richa em mais de uma ocasião para tentar tê-lo a seu lado na eleição. Pelo contrário, disse que os três candidatos com “DNA do governo estadual” (provavelmente Rafael Greca, Maria Victoria e Ney Leprevost, embora não tenha dito nomes) serão cobrados pelos erros de Richa na campanha.
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