O mundo gira, a Lusitana roda e a relação entre a Câmara de Curitiba e a prefeitura continua a mesma. No fundo, trata-se da mesma instituição, separada por uma falsa divisória para que o público imagine que a separação entre os Poderes é real.
A reportagem de Chico Marés publicada hoje mostrando que a prefeitura cede funcionários para vereadores só reforça a impressão. O prefeito, seja quem for, depende da câmara para aprovar projetos. Inclusive milionários rearranjos no orçamento que se tornaram a tônica da gestão de Fruet até agora.
Os vereadores dependem do prefeito para liberar obras nos bairros. Só assim os parlamentares, que de atividade parlamentar mesmo fazem pouquíssimo, terão o que mostrar a seus eleitores na próxima vez em que se candidatarem. E começa a infeliz simbiose.
A cessão de funcionários seria desnecessária caso os vereadores se dedicassem a fazer o seu trabalho, que é legislar e fiscalizar o Executivo. Como preferem desvirtuar tudo e virar balcão de atendimento à população carente, precisam de escritórios nos bairros. E tasca gastar dinheiro público com campanha de reeleição.
A escolha dos vereadores que recebem a “ajuda” financeira disfarçada de Fruet também não parece inocente. A reportagem informa que Tito Zeglin é o único que ganhou três funcionários da prefeitura. Zeglin foi o único pedetista com mandato em 2010 a não abandonar o partido e apoiar Fruet na eleição. Coincidência?
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