Gustavo Fruet colocou na rua uma campanha parda tentar convencer a população de que o que houve em Curitiba não foi uma desintegração do sistema de ônibus. Spots de rádio, peças de mobiliário urbano e cartazes no ônibus contam outra história.
Segundo o texto preparado pela prefeitura, “estão dizendo por aí que a integração entre o transporte coletivo de Curitiba e da região metropolitana acabou. É mentira”. A seguir, o texto diz que com uma passagem o cidadão pode pegar quantos ônibus quiser.
Por fim, a prefeitura ainda insiste que está pagando R$ 7,5 milhões para manter a integração funcionando. Isso porque o governo do estado deixou de pagar o subsídio.
Há verdades e inverdades na campanha da prefeitura. Por um lado, a integração continua existindo realmente de certo modo. A integração física permanece, ou seja: é possível em alguns pontos descer de um ônibus metropolitano e pegar um urbano.
Mas a desintegração financeira realmente ocorreu. E isso não deixou de ter consequências para a população. Hoje, há ônibus que aceitam um cartão, mas não outro. A tarifa pode ser diferente nos vários ônibus. A decisão sobre como funciona a política de preços não é mais integrada.
Além disso, a desintegração também causou custos para a Comec, que precisou contratar pessoal, o que também, onera o sistema.
De resto, Fruet bateu no peito antes da desintegração e disse quem, tirando de Curitiba a responsabilidade dos ônibus metropolitanos, não era mais necessário que o governo desse subsídios. Agora, diz o contrário.
O que Fruet teria razão em dizer é que o governo do estado trabalhou tanto pela desintegração quanto ele. Beto Richa e Ratinho Jr. agiram com a mesma intransigência que o outro lado e ajudaram a desconstruir um legado de décadas.
Isso, assim como as campanhas feitas para esclarecer a situação ás vésperas de eleição, tem seu preço.
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