O prefeito Gustavo Fruet (PDT) finalmente fez um movimento na disputa sobre os ônibus da região metropolitana que pode tirar pressão da prefeitura e colocar o governo do estado nas cordas. A ideia é a seguinte: repassar para o governo a obrigação de pagar as empresas que atuam na integração com a capital.
Hoje o sistema funciona todo centralizado na Urbs. A empresa, que é ligada à prefeitura de Curitiba, gerencia os ônibus que ficam dentro dos limites da capital e também os que fazem a integração. Mais do que isso: fica responsável por recolher o dinheiro e por pagar as empresas pelo que fizeram no dia. O problema? A conta não fecha.
Hoje, o passageiro de Curitiba paga R$ 2,85 quando entra no busão. Mas o empresário recebe R$ 3,18 toda vez. Quem paga os R$ 0,33 que faltam é o subsídio, tanto da prefeitura quanto do governo do estado. Até pouco tempo atrás, o governo do estado sequer ajudava. Só nessa gestão o governador Beto Richa (PSDB) admitiu que era preciso que o estado ajudasse. Mas o auxílio é contestado no valor (seria baixo) e na irregularidade (ninguém garante que continuará no ano que vem, por exemplo).
Curitiba sempre disse que, se dependesse só das linhas municipais, a conta fecharia. E punha a culpa do rombo nas linhas metropolitanas, que custariam R$ 4,07 por passageiro. No mês passado, porém, a Comec afirmou que refez as contas e que com R$ 2,85 seria possível pagar pelas suas linhas: o problema estaria em Curitiba. Pensava com isso em pagar menos subsídio.
A prefeitura agora está tentando fazer o feitiço virar contra o feiticeiro: dizer que, já que o passageiro metropolitano paga a sua própria conta, que o governo faça essa operação por conta própria. A Urbs mantém a administração centralizada, mas cada um paga suas empresas: Curitiba paga as municipais, e a Comec as integradas.
Nas palavras do prefeito à Banda B:
“Estou propondo que a Urbs continue responsável pela manutenção, operacionalização e fiscalização do sistema, enquanto o governo assuma a outra conta que é o pagamento para as empresas metropolitanas. Daí o governo define a tarifa dos usuários desses municípios e define também o subsídio que vai dar. Estamos aguardando uma resposta.”
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Estou propondo que a Urbs continue responsável pela manutenção, operacionalização e fiscalização do sistema, enquanto o governo assuma a outra conta que é o pagamento para as empresas metropolitanas. Daí o governo define a tarifa dos usuários desses municípios e define também o subsídio que vai dar. Estamos aguardando uma resposta
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