Ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), fez um dos mais ácidos discursos contra o impeachment de Dilma Rousseff. Não só defendeu a presidente contra as acusações como fez questão de espicaçar ex-colegas de Ministério que se bandearam para o outro lado.
Gleisi se concentrou em falar de obras. Mas não de obras em geral. Foi citando um a um os principais investimentos feitos em cada estado e lembrando um ex-ministro que se beneficiou disso eleitoralmente.
Citou nominalmente o senador Cristovam Buarque, ministro de Lula, e lembrou o aeroporto JK. Citou Fernando Bezerra, de Pernambuco, ex-ministro de Integração, e as obras no São Francisco. Citou Marta Suplicy, ex-ministra duas vezes, e o Rodoanel. Citou Eduardo Braga, ex-ministro e senador pelo Amazonas.
O processo, concluiu, é marcado por “traições e ingratidão”. Dificilmente isso vai mudar o voto de algum dos senadores. Mas não deixa de ser uma estratégia para constrangê-los – e de uma pequena vingança pessoal contra os que mudaram de lado.
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