O impasse surgiu nesta quarta-feira, na votação da constitucionalidade do projeto. Os oposicionistas anunciaram que votariam contra a proposta. Com receio de novamente ficarem com a pecha de votarem uma medida impopular, os governistas reagiram. Acusaram a oposição de trair um acordo, pois achavam que todos votariam unanimemente, já que houve uma construção a várias mãos da proposta, e já que os professores acharam a proposta boa o suficiente para encerrar a greve.
Na quarta, porém, chegou-se a um consenso. Como era só a constitucionalidade, cada um votou como quis e pronto. Acabou com um resultado de 30 a 16 pró-governo. O deputado Leonaldo Paranhos, do PSC, até desistiu de pedir o adiamento da matéria, como havia cogitado.
Nesta quinta-feira, os governistas foram mais longe. Disseram que, se houver emendas, vão se recusar a votar tudo: não só as emendas como o próprio projeto principal. Novamente, a tentativa é de evitar ficar com o rótulo de ter recusado aprovar uma emenda mais favorável aos funcionários.
Da parte do governo, a mensagem foi clara: se não se votar essa proposta, construída pelos próprios deputados, não haverá nenhum novo projeto. “É reajuste zero para todo mundo nesse caso”, diz um deputado próximo ao governo.
A oposição, em princípio, diz que não apresenta nenhuma emenda coletiva. Mas não é impossível que algum deputado isoladamente tente fazer isso.
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