Para quem conhece um pouco de história local, a cena de um governador paranaense se ver enrolado por causa de uma gravação revelando fraudes em obras traz um ar de deja vu. O único governador do estado levado a deixar o cargo antecipadamente nos últimos 50 anos caiu exatamente numa situação desse tipo.
Conforme relatou aqui mesmo neste blog em tempos recentes a repórter Camila Abrão, o caso se deu entre o governador Leon Peres, indicado pela ditadura militar, e o empreiteiro Cecílio do Rego Almeida, em 1971.
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“Nos idos de 1971, Haroldo Leon Peres tomou posse como governador do Paraná, após ser indicado pelo regime ditatorial de 64. Depois de oito meses no cargo teve de renunciar (a contragosto) em meio a acusações de corrupção. Coincidentemente, a crise foi gerada por uma gravação.
O empreiteiro Cecílio do Rego Almeida, usando um gravador de bolso, registrou uma conversa na qual o então governador pedia um milhão de dólares em propina para liberar verba governamental para obras da C. R. Almeida no estado.
Haroldo Leon Peres ensaiou voltar à vida política em 1981, ao tentar se filiar ao PMDB (mesmo partido de Temer), mas teve o pedido negado por conta das acusações de corrupção que ainda ecoavam.”
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