Os deputados estaduais e o governo do estado teriam decidido recuar em três pontos do pacotão de medidas “amargas” anunciado na semana passada pelo governador Beto Richa (PSDB). Os deputados teriam sentido a pressão das ruas, que culminaram com a greve dos servidores, e propuseram um passo atrás nas medidas. O governo teria topado.
As medidas que provavelmente não irão mais à votação são:
– Fim do quinquênio para o funcionalismo. O governo havia proposto congelar os valores onde eles estão e não conceder mais adicionais por tempo de serviço.
– Progressões. As mudanças nas regras para progressões e promoções nas carreiras da educação permaneceriam como estão.
– PDE. O plano de desenvolvimento das carreiras dos docentes, com cursos periódicos, não seria mais modificado.
Ainda sobram várias medidas impopulares, como o corte do auxílio-transporte em períodos de férias e afastamento; a maior dificuldade para que os professores tirem licenças; o remanejamento dos professores da área administrativa para a sala de aula; e, principalmente, a fusão dos dois planos da ParanáPrevidência, que permitirá ao governo do estado pôr as mãos em R$ 8 bilhões para pagar aposentadorias sem precisar usar recursos do tesouro.
Tudo indica que o governo tentará votar as medidas ainda nesta semana em regime de “tratoraço”, sem discussão dos projetos. A ideia é passar tudo o mais rápido possível, inclusive para tentar encerrar os movimentos grevistas do funcionalismo que podem minar a popularidade do governo Richa.
Nesta manhã de segunda, o clima já começou tenso na Assembleia, com servidores protestando contra as medidas.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS