O governo Beto Richa (PSDB) aposta em dois fatores para reduzir o dano que certamente será causado pela greve dos professores, a partir da próxima segunda-feira. Primeiro, acha que a adesão pode ser baixa. Segundo, acredita que a população se irritará com uma “greve política”.
A avaliação do governo é que muitos professores podem ter a compreensão de que não há maneira de pagar as promoções e o reajuste da inflação ao mesmo tempo. “Todo mundo sabe que é impossível tirar R$ 3,5 bilhões do cofre do estado de uma hora para outra”, diz um aliado.
A greve tem origem no fato de o governo descumprir o que havia prometido – e inclusive colocado em lei – em 2015: que iria pagar o reajuste da inflação na data certa em 2017. Agora, alega que a economia vai mal e que não tem como pagar tudo ao mesmo tempo.
O segundo fator seria apostar as fichas no mau humor dos pais e das famílias dos alunos, que já tiveram uma greve no ano passado, bastante grande. Nesse caso, é necessário para o governo vencer a guerra de comunicação, convencendo a população de que a greve é partidarizada.
Nos dois casos, parece que o governo Richa está sendo otimista demais. A categoria já mostrou no ano passado que está unida e que dificilmente a adesão – ainda mais com um descumprimento tão evidente de compromissos – será baixa.
Quanto à população, não parece que a irritação, pelo menos por enquanto, seja com os professores grevistas…
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