O governo do estado sofreu mais um baque nesta quarta-feira com a decisão dos professores de continuar a greve da rede pública de ensino. As estratégias, agora, para enfrentar o momento de crise, são três:
1- O governo pretende mostrar que atendeu tudo o que os professores pediram, inclusive com a promessa de não reenviar à Assembleia os projetos polêmicos do pacote fiscal.
2- Pode-se retomar as negociações, mas a ideia do governo é a de primeiro perguntar a APP qual é a pauta, dando a entender que tudo que foi posto até agora estaria resolvido.
3- Voltar à Justiça para pedir a ilegalidade da greve.
Não se trata de problema trivial. O governo errou em sua articulação política e inflamou uma categoria gigante, que tem mais de 80 mil profissionais que já se mostraram mobilizados. Mais do que isso: a greve tem apoio de nove em cada dez paranaenses (enquanto o governo só é aprovado neste momento por 20% da população).
É evidente que a greve tem componente político (no sentido de ser uma greve “de oposição” ao atual governo). Mas para provar isso o governo tem de apostar na Justiça. E a judicialização da questão foi justamente um dos argumentos usados pela categoria para defender a continuidade da greve.
O governo está pagando caro por ter feito um projeto tão radical de aperto fiscal. Hoje, há um milhão de alunos fora de sala de aula. E isso significa pelo menos umas quinhentas mil famílias afetadas pela greve do ensino público.
Não há popularidade que resista a isso.
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