Depois de vários boatos correrem pela cidade de que seu antigo padrinho político não queria nem ouvir falar dele, Rafael Greca (PMN) foi no fim da tarde desta sexta-feira visitar Jaime Lerner. a visita, de surpresa, foi na Rua Bom Jesus, onde Lerner mora e mantém seu instituto.
Greca foi acompanhado de seu vice, Eduardo Pimentel (PSDB). Tomou duas xícaras de café, conversou sobre dona Fani, esposa de Lerner, que morreu em 2009, e, segundo Greca, conversaram sobre “o futuro da cidade”.
Greca sempre deu a entender que continua sentindo afeto pelo homem que foi fundamental no início de sua carreira política. Pelas mãos de Lerner, Greca chegou à prefeitura. Embora Rafael não fosse seu candidato favorito no grupo (Lerner sempre preferiu Cassio Taniguchi), Greca venceu a convenção e passou a representar a continuidade do “lernismo”.
No entanto, em 2002, quando Lerner preferiu apoiar Beto richa (PSDB) para sucedê-lo no governo do estado, Rafael, magoado, deixou o partido, abandonou o lernismo e se uniu ao arquirrival do antigo padrinho, Roberto Requião (PMDB). Desde lá, o rompimento foi quase inevitável.
Na campanha deste ano, em que todos os candidatos passaram a tentar dizer que representam o lernismo, Greca estava ficando para trás na disputa por seu apoio. Maria Victoria (PP) jura estar “tendo aulas” com Lerner. Gustavo Fruet (PDT) pode dizer que tem parceria com ele na eletromobilidade. Ney Leprevost (PSD) também sempre o cita.
Enquanto isso, os rumores seriam de que Lerner preferia ver qualquer outro na prefeitura e que jamais daria apoio a Greca (mesmo que não venha a apoiar outro candidato). Greca tentou reverter isso com a visita surpresa. Dizem que os dois teriam se emocionado. Se isso muda alguma coisa politicamente, ainda é cedo para saber.
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