O prefeito Rafael Greca fechou um dos principais abrigos para moradores de rua de Curitiba, na Avenida Getulio Vargas, no bairro Rebouças. O local tinha capacidade para atender 247 pessoas. As vagas não serão repostas imediatamente.
O abrigo Boa Esperança funcionava há três anos no mesmo local. Segundo a prefeitura, o proprietário do imóvel não tinha interesse em renovar o contrato. A prefeitura pretende abrir um outro abrigo com 80 vagas em breve para substituir parcialmente a perda.
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Segundo a prefeitura, o fechamento da unidade faz parte de um “reordenamento” da política de atendimento a moradores de rua – um dos grandes problemas que Greca prometeu enfrentar durante a campanha do ano passado.
Vagas
Com a perda do abrigo, a prefeitura fica reduzida agora a 611 vagas para a população de rua. Uma estimativa oficial dá conta de que a cidade tem cerca de 1,5 mil pessoas em situação de rua – nem todas, porém, procuram os abrigos.
O fechamento da unidade também representa uma mudança importante em relação às políticas de atendimento. Na gestão anterior, de Gustavo Fruet, o Boa Esperança era uma unidade de “porta aberta” – ou seja, que atende qualquer pessoa, mesmo que não tenha cadastro anterior.
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A prefeitura de Greca não usa essa política. Manteve as “portas abertas” do Boa Esperança só no inverno. Agora, não pretende mais fazer isso. Aceita apenas as pessoas que se credenciam nos Centros Pop e outras unidades que fazem o atendimento a moradores de rua.
“Todos os atendimentos feitos pela FAS buscam a vinculação dos usuários aos serviços socioassistenciais a fim de que possam superar a situação de vulnerabilidade em que se encontram”, diz a nota enviada pela FAS ao blog.
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