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Greca tem apoio de ex-lernistas, mas Lerner não quer nem saber dele

Jaime Lerner é um dos novos conselheiros efetivos do Cepha. (Foto: )

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O candidato Rafael Greca (PMN) herdou vários apoiadores do lernismo para sua candidatura. A lista começa pelo próprio governador Beto Richa (PSDB), que foi da base de Lerner na Assembleia, vice de Cassio Taniguchi e candidato do grupo ao governo do estado em 2002.

Mas há mais, muito mais. Giovani Gionédis, José Antônio Andreguetto, Luciano Ducci, todos os que faziam parte da “descendência” de Jaime Lerner e que ocuparam a prefeitura entre 1988 e 2012 estão do mesmo lado na campanha.

Há uma única ausência, particularmente curiosa: a do próprio Jaime Lerner. O ex-prefeito e ex-governador, pelo que se sabe, não quer nem ouvir falar de Greca, que abandonou seu grupo político em 2002, justamente quando foi preterido por Beto.

Segundo se diz, Lerner teria afirmado que “quem quer que vá para o segundo turno contra o Rafael, eu apoio”. A família de Lerner e o próprio ex-prefeito, porém, não se manifestam muito publicamente sobre o tema.

No Facebook, Lerner disse que tentam vinculá-lo a “uma campanha”, mas diz que isso não faz sentido e que passa seu tempo criando uma poltrona de dois lugares.

Recentemente, Lerner trabalhou em um projeto junto com a gestão de Gustavo Fruet (PDT) para colocar veículos elétricos na cidade. O ex-prefeito também teria dado dicas a Ney Leprevost (PSD) e Maria Victoria (PP). Com Greca, nem conversa.

Agora, que o tempo passou e que Lerner já saiu do seu segundo e desastrado mandato no governo, os candidatos a prefeito vêm retomando publicamente a admiração pelo ex-prefeito. Dessa vez, até o filho de seu antigo arquirrival, Requião Filho (PMDB), lançou um elogio indireto a Lerner.

Disse Requiãozinho que “bem que a cidade precisava de um pouco de lernismo”. “Infelizmente, pelo que vejo nos acordos políticos, não tenho dúvidas que não estamos diante retorno do Lernismo, muito pelo contrário. Vejo apenas um ajuntado de pessoas de má-fé que não representam nem o Jaime e muito menos o Lernismo.

Para mim, Curitiba bem que poderia usar mesmo um pouco do Lernismo, me refiro aqui à criação de parques de verdade, medidas urbanísticas modernas, transporte público renovador, trânsito fluente com conectoras e vias rápidas, canaletas exclusivas para o transporte coletivo, expressos, dentre tantas outras transformações positivas que foram realizadas em nossa Capital, colocando-a como referência mundial!”

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