Já que estamos em época de Copa do Mundo, nada melhor do que uma metáfora de futebol para falar de política. E o que aconteceu na história dos salários do funcionalismo foi que o time de Ratinho deu um “nó tático” no time de Cida Borghetti.
Cida em teoria teria que seguir aquilo que seu antecessor vinha fazendo: levar o ajuste fiscal a ferro e fogo e dar reajuste zero para o funcionalismo. Mas abriu uma brecha dizendo que ia discutir pelo menos a inflação de 12 meses e a oposição (no caso, Ratinho) deitou e rolou.
Dono de um terço da Assembleia, Ratinho começou a dizer que ele daria o reajuste. Cida, que em princípio poderia ter ficado quietinha no seu canto, agora ficou encurralada. A cada vez que pensa em negar o reajuste, o grupo de Ratinho ameaça obstrução, promete barulho.
Leia mais: É junho, mas o ano dos deputados vai chegando ao fim
Tudo o que Cida não quer é um confronto com o funcionalismo à beira da eleição. Uma greve. Pais insatisfeitos. Professores fazendo passeata. E pior: Ratinho dizendo na tevê que ele votou a favor do reajuste.
Restou a Cida ceder, mesmo sabendo que isso vai contra a política que ela mesma apoiou, mesmo sabendo que isso esfarela ainda mais a sua já frágil aliança com Beto Richa. Ricardo Barros, famoso como grande estrategista, dessa vez parece que comeu bola.
Fiscalização do Pix pode ser questionada na Justiça; saiba como evitar cobranças
Regulação das redes: quem é o advogado-geral da União que se posicionou contra Mark Zuckerberg
Impactos da posse de Trump nos EUA animam a direita; ouça o podcast
Sidônio toma posse para tentar “salvar” comunicação de Lula
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS