Já que estamos em época de Copa do Mundo, nada melhor do que uma metáfora de futebol para falar de política. E o que aconteceu na história dos salários do funcionalismo foi que o time de Ratinho deu um “nó tático” no time de Cida Borghetti.
Cida em teoria teria que seguir aquilo que seu antecessor vinha fazendo: levar o ajuste fiscal a ferro e fogo e dar reajuste zero para o funcionalismo. Mas abriu uma brecha dizendo que ia discutir pelo menos a inflação de 12 meses e a oposição (no caso, Ratinho) deitou e rolou.
Dono de um terço da Assembleia, Ratinho começou a dizer que ele daria o reajuste. Cida, que em princípio poderia ter ficado quietinha no seu canto, agora ficou encurralada. A cada vez que pensa em negar o reajuste, o grupo de Ratinho ameaça obstrução, promete barulho.
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Tudo o que Cida não quer é um confronto com o funcionalismo à beira da eleição. Uma greve. Pais insatisfeitos. Professores fazendo passeata. E pior: Ratinho dizendo na tevê que ele votou a favor do reajuste.
Restou a Cida ceder, mesmo sabendo que isso vai contra a política que ela mesma apoiou, mesmo sabendo que isso esfarela ainda mais a sua já frágil aliança com Beto Richa. Ricardo Barros, famoso como grande estrategista, dessa vez parece que comeu bola.
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