A atriz Letícia Sabatella recebeu um desagravo nesta quinta-feira à noite, depois de ter sido agredida na manifestação de domingo, em Curitiba. Centenas de pessoas foram à Praça Santos Andrade para homenagear a atriz.
Sabatella estava andando perto de sua casa, na Santos Andrade, quando encontrou a manifestação pelo impeachment de Dilma. Como defende publicamente a permanência da presidente, foi chamada de “vagabunda” e de “lixo”.
No evento, ao lado do Circo da Democracia, houve críticas à intolerância e ao machismo e um grupo cantou “Geni”, de Chico Buarque. A atriz chamou o evento de “amor que cura”.
No Facebook, ela também negou as acusações de que teria ido ao evento no domingo para provocar, como afirmou, por exemplo, o filho do governador Beto Richa, Marcello Richa.
“Há quem queira acreditar que eu , saindo de um resfriado, semi-febril, teria tido intenção de provocar premeditadamente o que chegou a acontecer, naquele domingo. Não. Não criem tanto. É difícil aceitar o que as imagens revelaram ali, por isso as pessoas buscam todo tipo de justificativa para não colocar em risco suas convicções arraigadas.
Sinto dizer-lhes, que aquilo é daquele jeito mesmo. Eu passava pela borda de uma praça, em início de concentração para a manifestação. Não estava a pleno vapor uma intensa manifestação.
E mesmo que tivesse, muitas pessoas cruzavam a praça naquele momento, a caminho da outra manifestação, sempre passo por ali, mesmo com outras manifestações. Não era uma reunião num clube particular, era em praça pública, feito para chamar atenção , para angariar simpatizantes, expor as ideias.
Sim, eu estava indo almoçar. Eu atendi a abordagem amigável de uma senhora. Quando chegaram suas amigas e começaram a me enredar para fotografar com os símbolos do seu movimento e chamar outros manifestantes pra virem me humilhar, veio um moço , com dois potes de tinta me pintar, mesmo eu pedindo, por favor, para não fazerem isso.
Eu estava querendo ir embora, o tempo todo. Quando vi um número grande de celulares apontados pra gravar a humilhação, liguei o meu celular. Para ter a versão correta do que estava acontecendo. Estava na rua da minha morada, em Curitiba.”
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