Edward Snowden avisou. Quando fez a denúncia de que a NSA, agência de espionagem americana, monitorava outros países, inclusive o Brasil, Snowden mostrou provas de que a presidente Dilma era monitorada. Ficou por isso mesmo.
Três anos depois, quando a Lava Jato grampeou Lula, uma conversa com a então presidente acabou vazando. Dilma levou uma bronca de Snowden. “Ela continua fazendo ligações telefônicas não criptografadas” ele disse no Twitter.
A impressão que se tem de fora é de que a organização para se proteger a privacidade e os dados sigilosos de um presidente e de seu entorno deve ser gigante. Assim como as pessoas não podem simplesmente parar o presidente na rua e dar um tapinha nas costas, deveria ser difícil ter acesso a informações sigilosas via internet.
Mas o Brasil aparentemente não aprende. Depois dos dois casos de Dilma, agora é a primeira-dama, Marcela Temer, que viu seus dados telefônicos serem hackeados. É evidente que a esposa do presidente (ou do vice-presidente) é um alvo interessante para quem quer que queira influenciar o país.
Esse tipo de informação pode causar problemas sérios – para a credibilidade de um governante e até do país. Será tão difícil convencer as autoridades brasileiras a investir um pouco em segurança de dados?
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