Até aqui, o senador Roberto Requião tem dito na campanha que está ao lado de Dilma Rousseff “por exclusão”. Não gosta do estilo “neoliberal” de Aécio Neves e também não tinha simpatia por Eduardo Campos. Assim, mesmo se considerando um crítico de Dilma, votava nela. Mas não fazia campanha.
Agora, a coisa pode mudar. Marina Silva, que deve ser anunciada como candidata do PSB nesta semana, é amiga antiga do senador. Os dois tiveram mandato no Senado ao mesmo tempo e o repórter André Gonçalves revelou que o peemedebista ainda se refere a Marina como “irmãzinha”.
Como se isso não bastasse, Marina apareceu bem na campanha, segundo a primeira pesquisa Datafolha*, empatando com Aécio no primeiro turno e com Dilma no segundo. Seria isso suficiente para que Requião fechasse acordo com os marineiros e deixasse Dilma para o passado?
Coordenador da campanha do senador, Hermas Brandão diz que não há nada definido ainda, até por os fatos serem muito recentes. Mas Hermas admite que vai ter que colocar o tema na agenda. A deputada federal Rosane Ferreira, do PV, vice de Requião, foi enviada a Recife para o funeral e conversaria com Marina. Mas não necessariamente sobre alianças.
Em certo sentido, isso deixaria as coisas mais claras na província. Cada candidato ao governo teria seu presidenciável: Beto com Aécio, Gleisi com Dilma e Requião com Marina. Será?
*Pesquisa: O levantamento do Datafolha foi feito entre 14 e 15 de julho, com 2.843 eleitores em 176 municípios do País. A pesquisa foi registrada no TSE sob o protocolo BR-00386/2014 e tem margem de erro máxima de 2 pontos porcentuais e nível de confiança de 95%.
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS