O presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), marcou para daqui a menos de duas semanas a eleição de sua sucessão. Traiano é candidato à reeleição, já avisou. E quem quiser concorrer com ele terá uma dificuldade: achar uma chapa às pressas daqui até o dia 17, data da votação.
A presidência da Assembleia, tipicamente, é um cargo de confiança do governador. O Executivo sempre influencia na eleição e Traiano é um homem da mais estrita confiança de Beto Richa (PSDB). Durante a difícil e tumultuada aprovação dos pacotes de ajuste fiscal, foi fidelíssimo ao governo.
Até mesmo com a Assembleia sitiada e com a Polícia Militar ferindo manifestantes a rodo com bombas e balas de borracha na Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico, Traiano fez questão de aprovar tudo como o Palácio queria. “A bomba é lá fora”, disse ele, se negando a atender os pedidos para interromper a sessão.
Durante o último ano, a única possível chapa que apareceu contra Traiano seria liderada pelo atual líder do governo Richa na Assembleia, Luiz Claudio Romanelli – outra figura relevante na negociação do ajuste fiscal. Até agora, porém, não há confirmação de segunda chapa.
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