É claro que é muito cedo para que uma pesquisa seja encarada como reveladora do resultado final da eleição. Mas o levantamento do Ibope mostra que continua havendo uma disputa entre três candidatos por duas vagas no segundo turno.
Os três vão disputar voto a voto, e terão de mostrar não apenas suas virtudes, mas também defeitos dos demais. Talvez seja por isso que o clima tenha sido mais de denúncias do que de propostas nos últimos dias.
O que ninguém esperava, porém, era que os três estivessem tão próximos uns dos outros, com diferença de 2% entre o primeiro e o terceiro colocados.
Para Luciano Ducci, isso significa que ele mostrou ser viável, embora ainda seja um desconhecido para boa parte da população. Revela que a estratégia de colocar Richa para apresentá-lo à população, via telefone, funciona. E, na tevê, pode ter resultados ainda mais fortes.
Para Fruet, a pesquisa mostra que ele tem um patamar inicial bom, supostamente entre a classe média da capital. Mas quer dizer, ao mesmo tempo, que ele terá dificuldade de crescer em outros segmentos, onde os outros dois candidatos já dividem o butim.
Para Ratinho, o resultado não é ruim, já que ele aparece empatado com os outros. Mas
pode dar uma esfriada, já que muita gente, após o último Datafolha, imaginava que ele poderia aparecer na liderança isolado.
Greca, atrás dos três, fica numa situação difícil. Para onde mirar, se toda a cidade já parece estar dividida entre os três? Ainda mais com a maior rejeição de todas, agora em 32%?
Logicamente, tudo isso é passível de mudanças. Mas a pesquisa dá um panorama de uma eleição difícil e tumultuada. A ver.
Metodologia
Foram ouvidos 602 eleitores curitibanos entre 7 e 9 de agosto. A margem de erro é de 4% para mais ou para menos. Registro no TSE: 00040/2012.
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