O Ibope de véspera de eleição* confirmou duas tendências que já vinham ficando claras nas últimas semanas em Curitiba. Primeiro, Greca não tem fôlego para vencer já – terá de ir ao segundo turno. Uma única frase – sobre a náusea que lhe causou o cheiro de um pobre, pode ter custado 150 mil votos.
Na pesquisa de 19 de setembro**, a última do instituto antes desta, Greca tinha 45% e parecia pronto a levar no primeiro turno. Pensando num eleitorado de 1 milhão de pessoas (após as abstenções e votos nulos/brancos), Dava para imaginar o ex-prefeito tendo 450 mil votos. Perdeu um terço disso em duas semanas.
A outra tendência é o ganho de Ney Leprevost. Quando Greca começou a trocar os pés pelas mãos, dava-se como certo que seu adversário seria Gustavo Fruet. Mas aos poucos percebeu-se que quem desistia de Greca podia continuar infeliz com Fruet, e procurar um terceiro nome. A essas alturas, o apoio de Ratinho a Leprevost pode ter sido decisivo, especialmente na periferia. Dos 150 mil que desistiram de Greca, 90 mil correram para Ney.
Com os números divulgados neste sábado, vê-se que a eleição de Curitiba, que começou morna, termina emocionante, com pelo menos três candidatos em chance real de ir ao segundo turno e chegar à prefeitura. Aliás, situação semelhante à de 2012, também decidida em cima da hora. Será que Fruet consegue repetir o desempenho de quatro anos atrás? A resposta sai às 18h deste domingo.
Leia mais:
* O Ibope entrevistou 1.001 eleitores de Curitiba entre 28 de setembro e 1º de outubro. A pesquisa foi solicitada pela RPC. Margem de erro: 3%. Nível de confiança: 95% Registro do TSE: No PR-05284/2016.
** O Ibope entrevistou 805 eleitores de Curitiba entre 15 e 18 de setembro. A pesquisa foi solicitada pela RPC. Margem de erro: 3%. Nível de confiança: 95% Registro do TSE: Nº PR-01610/2016.
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