O governo britânico (conservador) e a oposição (trabalhista) estão tendo uma intensa discussão por esses tempos sobre qual deve ser a alíquota máxima de Imposto de Renda no país. Os trabalhistas, mais à esquerda, que governaram até Gordon Brown, defendem 50% sobre renda acima de 200 mil libras. Isso mesmo: 50% de Imposto de Renda. Já a direita, atualmente no poder com David Cameron, quer… 45%.
Sim, mesmo os conservadores, que durante o período de Margaret Thatcher implantaram uma grande redução nas alíquotas de tributação, admitem que é necessário cobrar impostos altos de quem ganha mais. Seria, segundo dizem os dois lados, uma alíquota temporária em nome da situação econômica do país, que passa por crise e quer eliminar o risco de uma recessão.
Alíquotas altas não são uma novidade na Grã-Bretanha. Antes do período Thatcher, cobrava-se mais de 90% acima de certo limite de ganhos. (Claro que não sobre a renda toda, mas só sobre o que ultrapassava aquele limite.) Chegou-se a uma alíquota de 98% em 1974. Ou seja: impôs-se quase que uma renda máxima no país. Socialismo? Nada disso.
No Brasil, a alíquota máxima é de 27,5%, seja para o sujeito de classe média alta, seja para o Itaú e o Bradesco. E se alguém fala em cobrar mais, logo aparecem fantasmas de risco sistêmico ou de comunismo. Enquanto isso, na Inglaterra, os 10% mais ricos têm renda 13 vezes maior do que os 10% mais pobres. No Brasil, a distância entre uns e outros é de 40 vezes.
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