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Indicações dão R$ 1,2 milhão em quatro anos para a família Fruet

Na semana passada muita gente me chamou de pessimista. No post sobre a previsão de 2013 sob Gustavo Fruet, dei a entender que vários vícios da política local permaneceriam, apesar da “mudança” anunciada.

Pois o primeiro dos dez pontos já se confirmou. Fruet indicou a própria esposa, Márcia, para a Fundação de Ação Social. E a irmã, Eleonora, para ser secretária de Finanças.

Todos cargos remunerados, e muito bem remunerados. Cada uma receberá R$ 13,5 mil por mês pelos cargos comissionados que ocuparão.

Em quatro anos, essas duas indicações garantem R$ 1,2 milhão em dinheiro público para pessoas com o sobrenome Fruet na prefeitura.

O nepotismo é o tema do novo livro do professor Ricardo Costa de Oliveira, da Ciência Polícia da Universidade Federal do Paraná. O livro se chama “Na teia do nepotismo”.

Em entrevista ao blog, o professor diz que, apesar de Eleonora (mas não Marcia) ter um bom currículo, a prática de nepotismo é, conceitualmente, a mesma de sempre.

“É a relação entre o Estado e a família. Uma prática que em outras tradições democráticas é inaceitável”, diz.

Fora isso, Fruet indicou muita gente ligada ao PT e vários nomes técnicos. O que pode indicar, segundo o professor, que é mais fácil romper com nomeações políticas do que com o nepotismo.

“É muito arraigado”, disse o professor.

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